Audaz Desengano

O feroz erro do passado,
Ainda irrompe a minha mente,
Aglutina-me irrefutavelmente,
Meu peito excomungado.


Deixa-me em prantos,
Sem cantos, nos cantos,
Sem homônimos distinguir,
Soluçando e bramindo em desencantos,
Só o senhor é quem pode corrigir.


O pecado de ainda te aguardar,
Por anos e demais desenganos,
Sem nunca poder te deter,
E em meus braços calores receber,
Deste amor tão eterno e insano.

- Rodrigo Cézar Limeira

Anos e Anos

Há quanto tempo a estou buscando,
O pranto escoando desejo voraz,
Atrás de uma face que me deixa bradando,
Anos aguardando padecendo sem paz.


Desse sonho que me faz estupefato,
Toma-me por completo do mundo irreal,
Adormeço e a chamo no delírio carnal,
Alvoreço em flama amor insensato.


Queimando e sem tê-la comigo,
Meu peito maior sofredor,
Anoiteceu esperando castigo,
Amanheceu nesses anos sem amor.


E até quando ainda há de buscá-la,
Das horas que me deixam rapidamente,
Nas noites frias coração carente,
Entorpeces sozinho na utopia de amá-la.

- Rodrigo Cézar Limeira




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